No artigo de hoje, Thaís Biancatti, Analista de Marketing, aborda os tabus e estigmas sobre saúde mental e porque é tão importante desconstruí-los. Ao longo do artigo, ela explora formas de quebrar estes preconceitos que ainda estão presentes em nossa sociedade e explica os motivos pelos quais há a necessidade de construir um ambiente mais acolhedor e empático. Confira o conteúdo completo e entenda como o conhecimento e a conscientização são a chave para a promoção de uma saúde plena e uma sociedade livre de julgamentos. Boa leitura!
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Nos últimos anos, a saúde mental tem se tornado um tema cada vez mais discutido, mas ainda envolve muitos tabus e estigmas que dificultam o diálogo e a busca por ajuda. Antes de nos aprofundarmos na desconstrução desses preconceitos, é essencial entender o que é saúde mental.
Segundo a OMS, saúde mental refere-se ao bem-estar emocional, psicológico e social de um indivíduo. Ela influencia a forma como pensamos, sentimos e agimos, impactando também nossa capacidade de lidar com o estresse, manter relacionamentos saudáveis e tomar decisões. Os transtornos mentais, por sua vez, são condições que afetam a saúde, como depressão, ansiedade, bipolaridade, esquizofrenia, entre outros. Esses transtornos podem se manifestar de formas diversas, e é importante entender que, assim como outras doenças, eles requerem tratamento e atenção profissional.
O peso que os tabus e estigmas carregam
Infelizmente, mesmo com o aumento das conversas sobre o tema, ainda enfrentamos barreiras sociais que dificultam a plena aceitação dos transtornos mentais como condições legítimas. Essas barreiras se manifestam em formas de preconceito e discriminação, seja no ambiente de trabalho, em círculos sociais ou até no âmbito familiar.
Frases como "isso é frescura" ou "você só precisa ser mais forte" são expressões comuns que demonstram a desinformação e a falta de empatia sobre essas questões. Esses estigmas reforçam a ideia de que, ao admitir uma dificuldade emocional ou buscar ajuda, a pessoa está demonstrando fraqueza, o que leva muitos a se fecharem e não procurarem o apoio necessário.
Descontruindo tabus
A desconstrução dos tabus sobre saúde mental começa com a educação e a conscientização. Conheça algumas maneiras de iniciar o processo de desconstrução de tabus e estigmas sobre o tema:
Promover o diálogo aberto: falar sobre saúde mental deve ser tão natural quanto falar sobre saúde física. Criar espaços de conversa em que as pessoas possam compartilhar suas experiências sem medo de julgamento é essencial. Isso pode ser em casa, no trabalho ou em redes sociais, por exemplo.
Desmistificar os transtornos mentais: ainda existem muitos mitos sobre os transtornos mentais, como a ideia de que pessoas com esquizofrenia são perigosas ou que a depressão é apenas tristeza. Informações precisas e acessíveis ajudam a desmitificar esses conceitos e mostrar que os transtornos podem ser geridos com o tratamento adequado.
Empatia e escuta ativa: muitas vezes, as pessoas com transtornos mentais se sentem isoladas ou incompreendidas. Oferecer apoio emocional, ouvir sem julgar e demonstrar empatia são passos importantes para combater o isolamento e o preconceito.
Enfrentar o preconceito: é importante que, sempre que presenciarmos atitudes preconceituosas, as questionemos. Educar aqueles ao nosso redor pode parecer um esforço simples, mas é crucial para criar uma cultura de aceitação.
A importância de quebrar estigmas e promover acolhimento
Quebrar os tabus em torno da saúde mental é vital não só para promover o bem-estar individual, mas também para construir uma sociedade mais inclusiva e empática. Quando as pessoas sentem que podem falar abertamente sobre seus desafios mentais sem medo de julgamento, elas estão mais propensas a buscar tratamento e apoio, o que, em última instância, contribui para uma melhor qualidade de vida.
Além disso, a quebra de estigmas pode também melhorar a forma como os empregadores e colegas de trabalho lidam com a saúde mental no ambiente corporativo, promovendo políticas de bem-estar e proporcionando um ambiente mais saudável e produtivo para todos.
Onde e como buscar ajuda
Se você ou alguém que você conhece está lidando com questões de saúde mental, é fundamental lembrar que buscar ajuda é um ato de coragem e autocuidado. Aqui estão algumas formas de apoio:
Profissionais de saúde mental: psicólogos e psiquiatras são especializados em ajudar as pessoas a lidar com transtornos mentais. Marcar uma consulta é o primeiro passo para um tratamento adequado.
Centros de apoio: no Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito, 24 horas por dia, por telefone, chat ou e-mail. O número de contato é 188.
Grupos de apoio: participar de grupos de apoio pode ser uma maneira eficaz de compartilhar experiências e sentir que não se está sozinho. Muitas cidades oferecem grupos presenciais e, em ambientes online, há fóruns e comunidades seguras.
Ao desconstruir os tabus e estigmas sobre a saúde mental, podemos criar um ambiente mais acolhedor e propício ao bem-estar coletivo. É essencial que cada um de nós faça sua parte, promovendo conversas abertas e respeitosas sobre o tema. Afinal, cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo e só é possível alcançar uma saúde plena quando tanto o físico quanto o emocional estão trabalhando em harmonia.
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